Levy Fidelix, de folclórico a homofóbico

O penúltimo debate entre os candidatos a presidente, que foi ao ar neste domingo na TV Record, foi ofuscado por uma resposta homofóbica do candidato Levy Fidelix, do PRTB. Levy, mais conhecido do grande público pela sua proposta do Aerotrem, chocou a plateia e causou furor nas redes sociais ao associar gays a pedófilos e dizer que eles precisam de tratamento psicológico.
Levy foi questionado por Luciana Genro (PSOL) sobre a violência contra a população LGBT. "Aparelho excretor não reproduz", disse Levy, tentando mostrar que a população brasileira poderia parar de crescer por causa dos homossexuais. "Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 milhões", afirmou. Na tréplica, ele subiu ainda mais o tom. "Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. O mais importante é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente".
A reação aos cometários foi do riso à perplexidade. Segundo o Estadão, líderes petistas e do PSB riram, mas também se mostraram surpresos. "O pior é que a maioria do eleitorado pensa assim", disse uma integrante do PSB, segundo o jornal. O discurso homofóbico de Levy foi parar na imprensa internacional. Uma reportagem do jornal britânico The Guardian diz que a noite de domingo foi "um triste dia para a democracia brasileira e para a tolerância". E ressaltou que nenhum dos três principais candidatos a presidente questionou ou criticou o discurso preconceituso de Levy.

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